Desci a rua na maior velocidade montada na minha bike. As calças de ginástica arregaçadas, os tênis dentro da cestinha junto com a bolsa e a garrafa de água, os cabelos molhados, o protetor solar já sem efeito, os olhos apertados do sol – esqueci os sunglasses, e um estômago gritando de fome.
Pois bem, até que achei very smart esta expressão paraense: arrumar as unhas. Sim, porque elas estão sujas, grandes, tortas, cheias de cutícula, saindo pelinha pra todo lado, que horror! Tem que dar uma ARRUMADA.
Pra levar menos tempo no salão, marco logo uma equipe pra acabar rápido o serviço. E assim, toda torta na cadeira, mãos na mão de uma, pés nas mãos de outra, e cabelo em outras duas mãos, lá estava eu “em nó”, segundo uma das manicures. Felizmente não era “cego”, disse ela: “Já pensou ter que desatá esta muié?”
Então, acaba a arrumação, pago, agradeço o trabalho bem feito, volto pra casa correndo na bike, descabelada, suada, faminta mas de pés e mãos arrumadérrimos. Imagine só... até ousei arrumar um vermelho no pé!