sexta-feira, 27 de março de 2009

Inesperadamente...

Estava eu, sentada na varanda da frente de casa, num final emocionante do meu livro, quando para descansar os olhos, olhei o céu. Olhem só o que eu vi!!! Como disse o Pedro Martinelli no seu blog, "Não adianta, por do sol e arco íris são irresistíveis." Sendo assim, corri pra pegar minha máquina e não perdi tempo, atravessei a rua, obviamente olhando para os dois lados pra ver se não vinha nenhum carro, just in case, apertei o gatilho e aí vai o shot para deleite da galera que pede foto nos meus texto (certo querida-sobrinha-leitora-assídua-do-meu-blog?).

Ah! A moça que trabalha aqui em casa, sabendo que eu iria pro Rio neste fim de semana, perguntou quanto tempo levava. Eu lhe disse que se fosse de ônibus, acho que seriam uns 3 dias, mas como eu iria de avião, apenas algumas horas. Então, ela perguntou: "O que é que se sente quando o avião sobe?" Eu, prontamente respondi: "Uma felicidade enorme sabendo que ele está indo para o Rio de Janeiro".

Pois bem, a conversa continuou e trocamos grandes idéias enquanto lavávamos o carro.

Pelos próximos dias, talvez eu mude a paisagem e o assunto no blog, e vcs agora sabem a razão. Beijão e até mais!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Ozilene, Francielle, Ipojeana, Cleane, Orgenias, etc

A diversidade não é só na flora e na fauna amazônica, mas nos nomes dos humanos viventes por aqui. Acho que é inspiração da floresta.

Toda vez que alguém se apresentar com um nome simples, desconfie. Por detrás existe algo bem maior. Ando exercitando bastante meu tico-e-teco na tentativa de acertar de primeira o nome da pessoa com a qual estou me relacionando. Confesso que diferentemente da aula de dança, em que dava nó nas pernas, o obstáculo agora é a língua. Desafio qualquer um a falar Orgenias sem titubear, sem derrapar uma só vez nas viradas vocálicas e ainda ter uma fluência de pensamentos depois de dizer o tal nome. Só teve um jeito pra mim, passei a associar o cara a palavra orgia, o que convenhamos, não ficou nada bonito pra mim.

Bom, mas hoje tive uma tarde bem agradável conversando com a Ozilene, uma excelente cabeleireira do Núcleo. Não confunda com Rozilene, seria muito fácil, é Ozi.. mesmo, uma pessoa batalhadora que fez do salão de beleza em sua casa, uma oportunidade para desenvolver seu talento, ganhar um dinheirinho e ainda ter o prazer de fazer o que gosta. Pois bem, perguntei se ela também cortava cabelo de homem e ela disse que não, mas que sua vizinha da frente cortava. Seu nome? Francielle. Duvido que a chamem assim, mas depois eu conto.

Outro dia me indicaram um jardineiro cujo nome era Geová. Fui até a casa onde ele estava trabalhavando naquele dia e perguntei só pra confirmar: "Qual é o seu nome?" E ele disse: "Leovando". Fiquei surpresa e verifique se não estava na casa errada, mas ele se antecipou e disse: "A senhora é a dona que a dona Edna falou que quer um jardineiro?". Eu respondi: "Mas ela disse que o jardineiro se chamava Geová". E ele prontamente disse: "Sou eu. Uns me chamam de Vando, outros de Leo, e a dona Edna me chama de Geová. Pode me chamar do jeito que a senhora quiser". Eu, rapidamente, resolvi ficar com Leo, só pra descomplicar.

Bom... outras surpresas ainda me aguardam, mas ando querendo mesmo é achar um Santo Anjo da Guarda. Este eu encontrei na Bahia.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Sambando pra não sambar

Ontem fui me aventurar numa aula de dança de salão no Docenorte (o clube, lembra?). Isto mesmo, por aqui também se dança e não é pouca coisa, segundo a professora vamos aprender: samba, bolero, forró, valsa, maxixe, gafieira, sei lá mais o que, porque na verdade esqueci a lista.

Fui fazer uma pequena pesquisa no google pra saber que danças são essas, mas a VALE disse logo que não estou clicando consciente e me impediu de conhecer todas as minhas futuras abilidades rítmicas. Fico devendo esta pra vcs, mas assim que dominar pelo menos os 1,2,3 do samba da aula de ontem, faço um vídeo pra risada alheia.

Vocês não tem idéia de como é difícil sambar contando até três. Por pouco não dei um nó nas pernas e caí de quatro. São muitos números pra minha cabeça e ainda tem que seguir o rítmo do neguinho cantando um sambão.

Saí meio depressiva porque pensava que sabia sambar. Na verdade, sambar sozinha é uma coisa, agora sambar com um cabo de vassoura na mão ... ah! isto é o maior mico da floresta. Esqueceram de me dizer que eu tinha que levar um par. Bom... eu bem que chamei o Beto, mas sabe como é, foi só pra constar.

Pior do que dançar com um cabo de vassoura foi dançar com um molequinho que também fazia aula e, que segundo a professora, aprende super rápido. Só que com um pequeno detalhe, ele era mais duro que meu pedaço de pau. Sendo assim, se eu requebrei algum dia, desaprendi tudo na aula de dança. Mas como sou teimosa, quinta-feira estarei lá de novo e garanto que ninguém vai me segurar, nem mesmo um cabo de vassoura. Garanto que ano que vem tô garantindo o primeiro lugar na avenida pra Grande Rio. Até lá.

Beijo, Miriam

terça-feira, 24 de março de 2009

Cipó menstruado! Já viram isto?! Ou será uma Cipá?


Este cipó produz um líquido da cor do sangue, parece que ele está sangrando.

Canga... isto é realmente incrível!

Como disse o texto da SUPER, o ferro "estraga" o solo e impede as árvores de crescer.

Canga é um solo parecido com o que eu vi na caatinha bahiana, a vegetação é rala, rasteira e baixa, só que mais verde. Há também um capim que cresce entre os arbustos e flores minúsculas que abrem passagem entre o minério de ferro, negro e poderoso.

É incrível testemunhar a força da natureza mais uma vez. O solo me lembrou muito a lava do Kilauea, no Hawaii, porque é preto, duro, mas gera vida por todo lado. Uma demonstração de que não temos nenhum poder sobre a Natureza, ela impera absoluta e soberana. Na fragilidade de uma flor se esconde a mesma energia que move a árvore que anda ou o vulcão que explode. A gente não faz idéia de nossa fragilidade e de nosso subjugo.

Mas não vou me render a este mosquitinho minúsculo que me pica o braço, me incha e me faz coçar freneticamente. Abaixo o pium (este é o nome do dito cujo)!!! Repelente nele!!!

Beijo, Miriam

Um pouquinho da história de Carajás SUPERINTERESSANTE - Edição 117

O tesouro da Serra de Carajás
Como se formou o maior tesouro mineral controlado pela Vale do Rio Doce.
Onze de julho de 1967. Um helicóptero sobrevoa a região central do Pará, coberta pela densa floresta, procurando jazidas de manganês. De repente, a neblina tapa a visão. O piloto desce, aflito, na primeira clareira que aparece. O recém-formado geólogo Breno dos Santos, funcionário da mineradora americana US Steel, que também estava no aparelho, só ouviu um grito: "Breno, isso aqui tá muito sujo! Olha o rabo do aparelho! Avisa se está perto das árvores que eu cuido da frente"!
O pouso foi de emergência. E deu certo. Só que a clareira não era uma qualquer. O queixo de Breno quase caiu: a vegetação estranha e rala, quase inexistente, indicava, claramente, que ali estava uma "canga", área com grande concentração de ferro perto da superfície. O ferro "estraga" o solo e impede as árvores de crescer. Imediatamente, o geólogo lembrou-se que havia avistado, do helicóptero, outras clareiras na região. Era uma concentração absolutamente incomum.
Breno tinha acabado de descobrir, nada mais nada menos do que a mais rica reserva de minério de ferro do mundo. Mais tarde, no que depois veio a ser conhecida como a Província Mineral de Carajás, foi encontrado ouro, prata, manganês, cobre, bauxita, zinco, níquel, cromo, estanho e tungstênio. Enfim, um verdadeiro Eldorado.
Na verdade, essa história começa muito antes de o helicóptero da US Stell pousar. Tudo foi cuspido do interior da Terra por centenas de vulcões, há 2,5 bilhões de anos. "A Província Mineral de Carajás, pela diversidade de seus recursos minerais e grandeza das jazidas, é única no planeta", diz Breno dos Santos, hoje já não tão jovem, mas presidente da Docegeo, a empresa de pesquisa da Companhia Vale do Rio Doce, que explora a região.

domingo, 22 de março de 2009

Segunda visita

Hoje recebemos o Bruno em nossa casa que nos encheu de alegria. Vejam como este mundo VALE é pequeno mesmo. Conhecemos Bruno ainda de botas ortopédicas lá em Teofilândia, havíamos recém chegado a Fazenda Brasileiro, e nossos filhos ainda usavam fraldas. Não é que foi pelo andar que o reconheci ao longe quando estávamos na fila do restaurante do Clube Docenorte!? Agora um homem bonito de pisar firme e determinado que parece se impor em qualquer terreno.

Passamos então uma tarde muito agradável conversando sobre causos e causos de Teofilândia, e também sobre esta vida de andarilhos a qual estamos predestinados. Interessante pensar que aquela geração criada praticamente no canteiro de obras de Fazenda Brasileiro está trilhando o mesmo caminho de seus pais, e começando a compreender o valor de experiências insólitas como esta de Carajás.

Acho que estou ficando velha mesmo.

Passarada no fim de tarde

Eu estava sentada na varanda da frente concentrada na leitura de um livro quando de repente ... a passarada começa a chegar. Vejam como se empoleiram no fio e depois a debandada geral. Dizem que nesta época do ano eles migram pra Carajás e enchem o céu do Núcleo de pontos pretos.

sábado, 21 de março de 2009

Fechando o dia especial com uma florzinha pra vocês. Beijo, Miriam


Hidromassagem natural


A árvore que anda




Ela tem muitas raízes que vão crescendo, agarrando-se ao solo e mudando de lugar ao longo do tempo. Seu tronco é cheio de espinhos.

O limo torna tudo verde. Isto não é uma cobra!


Achamos esta folhinha caída no chão


Gruta


Flores endêmicas da canga carajaensis




Ipomoea Cavalcanti e Ipomoea Carajaensis.
A canga, vegetação mais baixa entre a floresta, hospeda muitas flores miúdas que alegram o verde.

Olha só que perereca mais simpática!!!


Bem pequenininha, menor que um dedo polegar, ela estava sobre o minério de ferro e quase não a vimos. Se não fosse suas pequenas pintas, manchas e o olhar do Beto sempre pras rochas, iríamos perder este espetáculo de cores.


Procurando cachoeira


A pretexto de preparar o acesso para a caminhada ecológica em comemoração ao Dia da Água - 28/03, nosso amigo Kalil nos convidou, e prontamente aceitamos o convite, para conhecermos umas cachoeiras e um pouco da mata nativa em Carajás.
Depois de vários solavancos dentro de uma potente pick-up chegamos a lugares muito incríveis como as grutas . As cachoeiras, embora estivessem com pouca água, nos proporcionaram, além de um refrescante banho, um reconhecimento da área ao redor. Vimos de cipós que "sangram" a resto de pele de jacaré deixado na trilha.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Vista da rua


Área de serviço


Aí está a maravilhosa secadora de roupas, indispensável por aqui.
Abaixo todos os varais!!! Acho que nunca mais vou usar pregadores.

Cozinha gigantesca!




Como podem observar dá pra jogar tennis no meio da cozinha.
Preferimos preencher os espaços com móveis pequenos e versáteis que poderão caber em qualquer outra casa.


Sala de lazer


Segunda sala


Sala da frente com a gloriosa SKY


O quarto do casal


Olha aí a floresta!!!


Este é o visual da porta da casa. Atravessando a rua estamos a uns 100 metros da cerca da floresta. Dali pra frente só selvageria.
O som de pássaros é uma constante e a visita de cotias é rotineira. Dizem que elas comem de tudo e adoram caroço de manga. Pelo que entendi elas são as cabras do Nordeste, comem até plástico. O jardineiro disse que até coelho elas estão comendo. Acho que deve ser o aquecimento global que está mudando até os hábitos dos herbívoros.

Frente da Casa















A casa é verde, tem varanda, garagem e jardim (este foi podado dois dias atrás).
Todas as janelas tem tela para evitar entrada de insetos.
Ela é super fresca, não precisamos de ventilador ou ar-condicionado, aliás, estamos dormindo de coberta ultimamente.

99,9% pronto

Este é o percentual da arrumação da casa. Depois de uma semana exaustiva, de tirar o couro, só falta o gancho das redes. Naturalmente, no sétimo dia descansa-se, e nada melhor que uma rede, certo? Aliás, duas pra não ter briga e obviamente para preencher mais alguns espaços nesta casa colossal pros nossos parâmetros. Bom, mas o fato é que nossa casa está super aconchegante e tem até quarto pra hóspedes, ouviram?

Nossas primeiras visitas já se foram e nos presentearam com um ótimo papo regado a café num dia e pizza no outro. Tudo muito light por aqui, repararam? A cerveja e o churrasco, tradições carajenses, ainda não pintaram, mas serão bem vindos.

Segue algumas fotos para deleite dos curiosos. Beijo, Miriam.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Cada macaco no seu galho

Mais um dia diferente, aliás, por estas bandas longínquas daqui sempre haverá algo novo pra conhecer.

Depois de uma chuva grossa e contínua que parou por volta do meio dia, recebi o cara das cortinas. Pois é, surpreendentemente, o cara existe. Pude, então, colocar as cortinas compradas em BH. Pra se ter uma idéia das influências empresariais por aqui, sabia que o cara pra fazer os juros nas janelas usou máscara e óculos protetores? A cultura do tudo-pode-causar-um-acidente-por-aqui-então-vamos-nos-previnir muda completamente os hábitos da população, pelo menos a do Núcleo. No Peba vi sinais claros de que esta cultura não vai emplacar. Bom, talvez eu esteja subestimando a capacidade da cidade de assimilar atos civilizatórios, pois depois de um episódio com a empregada doméstica que contratei, percebi que tem vida inteligente neste mundão verde.

O que vc faria para montar um aspirador de pó que vc vai operar pela primeira vez? Eu peguei as peças e comecei a montar, e quando dúvidas surgiram sobre onde colocar uma ou outra peça, qual foi o procedimento da Leda (Rosileide na certidão)? Ela pegou o manual. Sacou o que eu disse sobre subestimar o potencial do povo?

Bom, mas o dia diferente se deu no Zoológico. Fui visitá-lo com a Ielca e o Cantidiano que na noite anterior haviam estado aqui em casa, provaram a pizza do disk-pizza e combinaram de ir ao Zoo. Só pra não deixar vcs curiosos sobre a pizza, dei nota 8 pelo sabor e 10 pelo serviço do motoboy que pontualmente entregou a pizza quente. Mas voltando ao Zoo, vcs ficariam surpresos vendo que ele é todo cercado, e sabe porque? Para evitar que os animais da floresta invadam os recintos onde os capturados vivem. É RECINTO mesmo, este é o nome que li no mapa do Zoo: recinto dos felinos, dos répteis, das antas, das araras, etc.

Entrando no Zoo a primeira coisa que ouvi foi um fiu-fiu super alto, fiquei muito lisonjeada, mas era mesmo um pássaro que canta desse jeito, e segundo o Cantidiano, ele estava só afinando a voz, pois o fiu-fiu costumeiro é do tipo Gisele-Bundchen-está-passando-por-aqui. Cantidiano disse que o chamam de Peito de Aço mas prometo averiguar as credenciais do discarado.

Vcs não tem noção da variedade de macacos que tem no Zoo, melhor dizendo, na floresta: macaco guariba, macado aranha testa branca, macaco prego, macaco aranha cara vermelha, etc. É uma macacada danada, e eles são super ativos, ficam pulando de galho em galho e balançando com o rabo e patas. Me fez pensar que aí está a explicação sobre porque gostamos tanto de um balanço.

Depois dos macacos vimos os felinos: onça pintada, onça preta e a sussuarana. Incrível a tranquilidade deles, parecem que estavam em casa, hehe.

Vimos tartarugas, tucanos, araras, jibóia, etc. Muitos animais, mas se se levar em consideração que estávamos no meio da floresta, aquilo era uma gota no oceano. Incrível conhecer a diversidade não só de animais mas da flora ao redor que é ainda natural, ou seja, não foi desmatada e cultivada novamente (Juquira), ela está ali a não sei quantos milhares de anos. Me senti privilegiada por poder conhecer este pequeno exemplar de uma floresta que tem importância planetária e que infelizmente andam maltratando indiscriminadamente.

Beijo, Miriam
ps: vou tentar anexar o video que fiz do passeio. Se tiverem saco, leva só 1 hora.

terça-feira, 17 de março de 2009

Tô de jardim novo!!!

Hoje quase fui pega pelo IBAMA, desmatei o jardim, agora tenho vista total e irrestrita para a floresta. Vou mandar fotos em breve. Aguardem, beijo Miriam

Primeira visita

Ei, nossa vida social já começou e em níveis internacionais. Nossa primeira visita veio direto do hemisfério norte, bem ali do Canadá, precisamente de Toronto, Oakville. Nossa amiga Ielca baixou aqui em casa com o Cantidiano e pudemos esquentar um pouco nossos acentos e nosso papo. E tem mais, continuamos hoje a noite ao sabor da pizza local (testando o disk pizza - o único diga-se de passagem). Depois conto como foi a dolorosa.

Neste exato momento jardineiros desmatam o jardim, quero que a vista seja total para o ma... mato. Depois mando foto.

domingo, 15 de março de 2009

Arredores


Ainda a pouco dei um rolé de bike. Íamos os dois, mas como tb tem gente incompetente por aqui, a bike do Beto recém montada na "Bicicletaria" não deu pro gasto e ele voltou empurrando a dita cuja.

O grande achado durante o tour foram uns Pica-paus picando duas árvores (naturalmente). Pena que eu não estava de câmera pra registrar, mas googuei e achei esta aí. Fico devendo a verdadeira.
Beijo, Miriam

Break

Hoje, tô de bobeira, só ouvindo os pássaros cantarem lá fora. Pra vcs terem uma idéia do silêncio daqui, o tic-tac do relógio de bateria da sala é ouvido à distância. Eu nem sabia que ele fazia tic-tac!? Mas o bom mesmo é o trânsito, são 40 km por hora de carro, não por causa de engarrafamento, mas para não atropelar os ciclistas e os animais que eventualmente podem cruzar algumas das ruas.

Ah! Temos stress sim, ontem fui ao cinema ver "Se eu fosse você 2", isto mesmo, o nr 2, super updated, e enfrentei uma fila na bilheteria e um certo engarrafamento de carros no estacionamento. Mas isto não impediu que eu saisse 15min antes do filme de casa e conseguisse o ingresso a R$6,00 (inteira). Outra fila foi pra comprar pipoca que eu dispensei e peguei um copo de água gelada mesmo. Quanto ao filme, não posso dizer que o surrounding estava fantástico, porque não existe a tal tecnologia aqui, mas o telão tava lá. A platéia é que é engraçada, eles riem de tudo e conversam tb durante a exibição, tive que fazer vários pissis. Bom, a média de idade da audiência estava por volta dos 35 anos, talvez isto justifique o ruído. Pois é, aqui não tem velhos, ou seja, só uns poucos cinquentenários. Então a turma é do barulho, só pra compensar a falta dele ao redor.

Mas descendo o platô, pra ir ao Peba... Aí as coisas mudam. Tive o prazer de conhecer o tal Peba, e fiquei impressionado com o comércio. Tem de tudo e os atendentes melhor que muitos que encontrei no Rio, bem informados, falando direitinho, solícitos... Precisa ver minha gente, em uma manhã compramos tudo o que precisávamos e ainda fizemos supermercado, que aliás não fica devendo nada ao Mundial, apenas nos preços. Bota aí uns reais a mais e teremos os preços daqui. OMO, R$ 7,49 por exemplo, mas banana comprei a R$ 1,29 o Kg no supermercado do Núcleo. Sendo assim, a idéia é lavar menos roupa e comer mais banana, hehe.

Bom, deixa eu ir ajudar o Beto nas furações depois conto mais. Beijão, Miriam
ps: estou programando Miriam-o retorno para o dia 28/03. Aguardem.

Dando sinal de vida

Oi gente,
Imagino que vcs estejam se perguntando se ainda estamos vivos. Pois bem, cá estamos nós dois cercados de verde por todos os lados e apreciando cotias passeando pelo jardim. Parece romântico, mas eu não diria isto depois de uma faxina fenomenal que dei na casa e que me deixou com forças apenas pra teclar este micro da Vale. Pois é, good news, já temos um ponto do sistema da Vale em casa, mas não fiquem tão animadinhos pois só posso usar quando o Beto chega em casa com o dito cujo. Na verdade este ponto é pro funcionário continuar trabalhando em casa, sacou?

Bom, depois de 3 dias desconectados do mundo, a gloriosa Sky chegou, com todos os canais com exceção da Globo (ainda bem que eu não estava assistindo a novela da Índia, hehe).

Já arrumamos quase tudo em casa e SEM empregada pois a prometida que vinha de trem de São Luis, perdeu o trem, agora só segunda.

Amanhã, finalmente, conhecerei a famosa Parauapebas, Peba pros índios, quero dizer, íntimos. Vamos comprar bujão de gás, lembram disto filhos? Aqui é igual a Tof Tof, tem que comprar gás e como o preço subiu!? Bom, tb compraremos umas coisinhas que estão faltando e depois almoçaremos num restaurante, mas eu não estou nem um pouco animada pois os três últimos e únicos restaurantes do núcleo onde almoçamos esta semana nunca ofereceu isopor mas se o fizesse ninguém ia notar a diferença. Ainda bem que num deles tinha pimenta disponível.

Hoje fiz nossa inscrição no Clube DOCENORTE (viram só como são otimista por aqui?). O que tem de melhor me parece ser o preço, R$80,00 com academia e tudo. A professora que fez minha avaliação, depois de uma conversa sobre onde eu fazia academia, disse que eu vou sentir muito, eu perguntei se seria porque fiquei muito tempo parada e a musculatura está preguiçosa, mas ela disse que vou estranhar é a academia mesmo. Bom, mas o som é alto pra caramba! Ah! Good news, acho que vou poder realizar meu sonho de infância, tem sapateado aqui!!! Depois conto se meu joelho vai aguentar o rojão.

Ah! Mais good news, meu pão integral não fica duro depois do terceiro dia. A umidade é tão grande que acho que ele vai durar uma semana. Não sei se é a fome, mas ele ficou delicioso. Meu suco tb não ficou prejudicado pois encontro a maioria das frutas que uso, sendo assim acho que viveremos e comeremos de forma mais natural possível. Se eu chegar verde aí no Rio não estranhem, ok?

Bom, por ora acho que é só e por incrível que pareça já me sinto dominando o pedaço e me sentindo em casa. Nada como uns bons anos de Bahia, hein?

Ah! Good news, já tenho uns alunos na fila de espera mas antes quero terminar de baixar a poeira. Ah! Falando em poeira lembrei do tempo. Aqui chove todo dia e muito!!!!!!!! Pra quem entende, foram 100 milimetros numa só noite, uma poluição sonora e tanto, nem consegui pegar no sono de novo. Quanto à temperatura, pra vcs terem uma idéia, estamos dormindo de lençol sem ventilador ou ar condicionado. De dia é quente mas só transpira quem anda no sol, dentro de casa ou na sombra é fresco, tem até ventinho!

Bom, agora vou mesmo, se tiveram paciência pra ler todo este email, me digam pois só escreverei outro grande deste jeito a pedidos. Beijão, Miriam