quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Aterrizagem forçada


Aqui estou eu novamente diante desta folha em branco, melhor dizendo em preto, que pode até não passar em branco, e isto me lembra que alguns leitores podem estar pensando que debandei de vez deste mato sem cachorro. Nana nina não, sou osso duro de roer, e apesar de uma aterrizagem quase impossível da TRIP (nossa outra opção de escape), o avião pousou sob olhares nervosos e mãos trêmulas.



Chegamos de uma viagem maravilhosa entre França e Grécia, tudo praticamente perfeito não fosse a gripe que o nosso querido geólogo pegou depois de um mergulho nas águas do Mar Egeu, em meio a caldeira do vulção de Santorini, num hot spring cristalino mas nem tão hot assim. Para os leigos em conhecimentos vulcânicos, (veja só, já até me considero uma especialista) hot springs são fontes de água quente próximas a vulcões.



Pois bem, voltando ao assunto gripe, terminamos nossa viagem em meio a tosses e espirros, mas nem por isto sem emoção. Fechamos o circuito em Paris, no Louvre com Monaliza, e aproveitando para por as "mãos na Liza", nossa querida filha que chegara com seu marido.



Mas isto me lembra a bobagem que eu fiz apagando nossas fotos do dia. Ainda não descobri meu problema, mas de repente, mais que repente, eu dou um sumiço em fotos super, hiper, tremendamente importantes. Talvez Freud nem explique. Já me matei várias vezes mas continuo errando. Sem solução, vou levando a vida, afinal, são apenas fotos, e como diz minha outra filha Barbara, "mãe pára de tirar tanta foto, deixe algum momento pra memória". Memória... que memória? Ela acha que eu tenho a idade dela!



Eu estava falando sobre a aterrizagem forçada, e não me entendam mal, eu até queria chegar em casa. Foi o piloto mesmo que quase desiste de pousar em Carajás. Uma grossa camada de nuvens, nesta época muito comum pois daqui a pouco começa inverno, cobria a floresta e não dava pra ver nada lá embaixo.



Normalmente entre Araguaina e Carajás leva-se 35 minutos de voo, mas desta vez foram mais de uma hora. O avião rodou não sei quantas vezes nas imediações e quando o piloto avisou que iria pousar, todos olharam para os lados se perguntando "mas como, pelo amor de Deus!?".



E foi assim que cheguei. Nosso geólogo quase curado da gripe, estava num belo horizonte, felizmente, melhor que apenas um dos cônjuges morresse. Vira esta boca pra lá!



Bom, finalizando, se quiserem entender esta aterrizagem forçada como uma metáfora, problema de vocês. Eu, apesar dos quinze dias europeus, senti muita alegria ao pousar no meu Rio e depois, neste mato denso, viva o piloto!

4 comentários:

  1. Miriam!!!!!! Que bom que vc apareceu! Pela foto juro que pensei de cara que tinham aterrizado ali mesmo, naquela água sei lá de onde! Até achei que tinha gente com cara de gritos!!!! Ai..ai...ai!! Bárbara até tem razão!! Eu, as vezes, faço o favor de esquecer a máquina em algumas viagens. Claro que ela fica em casa.
    Seja bem vinda ao mundo real!!!!mas virtual!
    Bjs
    Vânia.

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  2. Faz tempo que nao venho aqui e quando venho vejo uma fala da Barbara, tao dela que morro de saudade, D. Miriam, de um beijo nela por mim.

    Obrigada,
    Elis

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  3. Caros Miriam e geólogo gripado ,
    Adorei a metáfora......
    Mas bom mesmo é saber que a minha blogueira inspiradora voltou são , salva e humana ......perde fotos memória escasseando ...enfim de volta...
    Eu continuo a buscar tempo para registrar um mundão de idéias que sobrecarregam minha cabeça cada vez menos certa ....
    Bem vinda ao cardume.
    Otavio

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  4. Meus queridíssimos leitores, adorei os comentários e continuo me empenhando pra mantê-los ocupados. Beijão, Miriam

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