9 de Dezembro de 2012
Por achar que tudo por aqui anda muito devagar, meio que
esqueço do que está em processo de realização.
Mas hoje tive uma prova de que as coisas acontecem, só é preciso esperar
com paciência.
Talvez eu ainda não tenha entrado nesse ritmo verde. Eu
tento, mas algo me leva pra outros mundos em busca de realizações mais
imediatas, de prazos mais curtos. Às vezes me acho ansiosa, inquieta demais, um
peixe fora d’água neste planeta amazônico, e então me forço a entender que
preciso desacelerar e aproveitar o que esta realidade oferece.
Pois, então, estou sempre à procura do que me ajude a
entender do valor das coisas locais e que me façam rever certos pensamentos e
atitudes limitantes. Seja um evento de música, participação em grupos
culturais, atividades na escola, competições no clube, encontro com indígenas,
conversas com antigos moradores, idas ao cinema, festas comemorativas, e até,
por que não, bate-papo com as manicures no salão de beleza.
Estou de cabeça aberta, pronta pro novo - que demora a
chegar, pronta pro velho - muitas vezes difícil de engolir. E assim vou
tentando chegar a um estado de satisfação, mesmo que passageiro.
Recebi o convite da inauguração do Centro de Visitantes do
Parque Zoobotâncio, e não tive altas
expectativas, como já disse, já estou
meio vacinada, mas fiquei surpresa com o resultado da obra. Um prédio grande,
bem realizado, com auditório, sala para biblioteca, sala com a antiga coleção
de insetos e sementes muito bem organizada, e outros ambientes que imagino que
servirão para exposições e eventos futuros.
Fiquei imaginando que poderíamos aprender muito naquele
local, além de termos a possibilidade de encontrar pessoas e garantir o lazer
do fim de semana (tudo por aqui é muito restrito e repetitivo). Acredito que nosso
crescimento como comunidade e como indivíduos ganharia um plus, ou melhor,
seria o plus que tanto necessitamos para continuarmos nos sentindo vivos e
plenamente integrados neste mundo verde.
Da minha parte, continuarei dando apoio, divulgando e principalmente
participando de tudo que me fizer entender dessa nossa “ilha da fantasia”.