sábado, 15 de maio de 2010

Saindo da inércia




Depois de quase dois meses sem dar o ar da graça, estou de volta. Às vezes dá uma preguiça escrever... não sei o que é, talvez não esteja precisando. Acho que escrevemos mais por necessidade. E no meu caso, este espaço em branco e preto serviu pra aliviar tensões, organizar sentimentos e encarar a realidade.

Hoje, o mato sem cachorro, já não dói tanto assim, pelo contrário, já se mostra como um refúgio, um jeito de isolar as ansiedades, recuperar um pouco do juízo, desacelerar o coração e o pensamento.

Hoje, por exemplo, dois quero-queros resolveram passar o dia no nosso jardim. Andaram pela grama, deitaram ao sol, ciscaram não sei o que no verde molhado e no fim da tarde trocaram uma prosa alta que chamou nossa atenção.

Quer coisa melhor do que observar estas criaturas voadoras que mais parecem gostar do solo e agora de gente também? Suas longas pernas, seu andar elegante e cauteloso, sua leveza e calmaria, seu piar forte e estridente, como não fazer a gente relaxar nesta nova distração birdwatching carajense!?

À noite eles se foram. Atravessei a rua com o propósito de ver as estrelas. É que só consigo vê-las depois da luz do poste que ofusca. E completando um dia de paz, lá estava a via lactea com a constelação quase completa e inegavelmente brilhante.

Hoje foi um dia de calmaria mas não aquela de que venho reclamando, muito pelo contrário, um dia de entrega e puro relaxamento. Sintonia total com o universo carajense.
Será que vou ter que mudar o nome do blog?

Nenhum comentário:

Postar um comentário