segunda-feira, 22 de junho de 2009

Abrindo as fronteiras








Neste sábado deixei nosso platô, desci a serra pra visitar a Mina do Sossego. Ela fica a mais ou menos 77 km de Parauapebas, fora do Parque Nacional de Carajás, ou seja, em área desmatada anteriormente por posseiros e pecuaristas. Depois que a Vale tomou posse de um garimpo de cobre e começou suas atividades, o pequeno povoado de Canaã dos Carajás, hoje cidade, vem se desenvolvendo a todo o vapor. Ela abriga hoje muitos funcionários da Vale e de empresas prestadoras de serviço, o comércio vem crescendo a olhos vistos e a especulação imobiliária é algo que surpreende e atrai pessoas para aquisição de terras e construção de imóveis.

Peguei o ônibus da Vale com alguns professores (visitantes) da cidade, em frente a Casa da Cultura de Canaã, e ali já comecei a perceber que a cidade tinha um diferencial. Talvez por ser menor e de uma certa forma planejada, pude notar mais organização das ruas, apesar de muros altos e cercas elétricas. Segundo antigos moradores, funcionários da Vale, hoje não há mais casos de roubos a casas, o que torna desnecessário tais apetrechos, mas mesmo assim eles são mantidos e deixam uma impressão de insegurança.

Mas voltando a Casa da Cultura, fiquei bem impressionada, o lugar é amplo, as instalações simples mas de bom gosto e percebi que atividades acontecem. Havia uma exposição de vasos de cerâmica no saguão e objetos confeccionados em cursos de cerâmica.

Depois de alguns minutos estávamos na mina e quatro funcionários da Vale nos receberam para uma apresentação sobre meio ambiente. Houve interrupção para que chegássemos ao local da cava antes da explosão programada, e aí sim, começamos a nos sentir em terreno desconhecido e de risco.

Há duas cavas, a do Sossego e a do Sequeirinho, ambas em operação e intensa atividade. Pudemos ver aqueles caminhões de rodas gigantes, e põe gigante nisto! Também vimos outros equipamentos enormes, mas não pudemos visitar as instalações por dentro. Funcionários da usina e da hidrometalúrgica nos recepcionaram com explicações e respostas aos nossos questionamentos.

Ao final soubemos da parte sócio-ambiental coordenada pela compania e vimos que a Vale, se não é o próprio poder público local, faz praticamente seu papel, e muito bem feito. Existem diversas atividades desenvolvidas na comunidade, como treinamento de professores, preparação de profissionais de diversas áreas, construção de escolas, delegacia, Câmara de Vereadores, etc. São inúmeras ações que nos deixam desejando que outras empresas sérias, cheguem em todos os recantos do país para trazer progresso.

Voltei satisfeita com o que vi e fizemos uma viagem tranquila graças a estrada asfaltada também pela Vale.

Digam o que for com relação a destruição que uma mineração causa ao meio ambiente, mas em compensação a ordem e o progresso inscritos a tantos séculos em nossa bandeira parece encontrar um caminho neste vasto e esquecido Norte, que começa agora a querer fazer parte do Brasil do Sul que conhecemos e desejamos.

Um comentário:

  1. Tanta puchação de saco sera q esta mineradora e tudo isso ai q vc fala?

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