A sensação que se tem aqui em Carajás é que nada muda. Tudo parece não se mover. Até a água da chuva, que se caisse no Rio de Janeiro, por exemplo, iria inundar a cidade, deslizar encostas, derrubar árvores, entupir ralos, fazer subir até o Canal do Jardim de Alah que vai pro mar, até este dilúvio de água não consegue mudar a paisagem. Ah! Com exceção de uma outra ávore que cai na estrada que vai pro Peba, não há sequer uma poça d'água depois da chuva.
Pelo fato de estar num platô e ter sido inteligentemente construído, o Núcleo de Carajás manda toda a água que cai dos céus pra baixo. Parauapebas é que sofre, pois fica no pé do morrão.
Bom, mas hoje fiz uma coisa diferente. Fui me matricular numa aula de violão. Depois que o Marcelo nos deu, pra mim e pro Beto, um violão de presente, tenho pensado em não o decepcioná-lo e começar a arranhar umas notas. Na verdade, sempre tive vontade de aprender, mas sabe como é... Então hoje fiz meu dia diferente e enfrentei os dedos duros, a voz enferrujada e o violão quase mofado.
Posso dizer, que apesar de ter saído meio torta da aula (hora e meia de puro contorcionismo), não fiz feio, acho que há esperança. Estou cheia das tarefas e de agora em diante eu vou modificar o meu modo de vida (só pra homenagear nosso Roberto Carlos). Vou botar música neste mato sem cachorro.
Então, me aguardem.
Beijo
Carajás - Biodiversidade da Amazônia
Há 10 anos
Oi, Miriam! Só pra te consolar, o feriado no Rio tambem foi muito molhado, com direito até a uma tromba d'agua com cara de tornado, fotografada em São Conrado. O Rio está guardando pra voce aquele lindo ceu azul profundo tipico de outono e nós te esperando com saudade e uma extensa lista de filmes, peças...
ResponderExcluirBjs, Narcisa
OBA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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